O carteiro passou na minha rua.
Disse que para minha pessoa havia um envelope.
Lentamente levou a mão até a bolsa.
Tirou um envelope branco.
Selado com cera laranja, uma cor que quase me fez sentir o gosto da fruta.
Recebi o envelope, sem remetente.
Entrei na sala de casa, a ansiedade era grande, porém a vontade de ler era menor que o frio.
A água já estava quente, o chá foi prioridade.
Pronto, abri para ler.
Na folha apenas “15 horas 36 minutos.”
Um encontro marcado?
Esperar até o outro dia seria a solução.
Na hora marcada, um tocar de campainha.
Do lado de fora um rapaz carteiro e um cartão.
Com uma flor e um refrão:
“Posso eu humilde, ganhar seu coração?”
que lindo!
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Super poético… gostei.
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